Além homenageado, Nelson participará de uma mesa de debate e exibirá seus principais filmes A mostra de cinema da 6ª Bienal de Cultura da UNE agora tem nome. O cineasta Nelson Pereira dos Santos aceitou o convite para participar da sexta bienal de cultura da UNE. Em conversa por telefone, a simpática Ivelise, esposa do cineasta, confirmou a vinda do casal a capital baiana durante os quatro dias do evento. A três meses em Salvador, posso dizer que, finalmente, a programação da mostra de cinema está fechada. Serão quatro oficinas, três mesas de debates, mostras convidada e estudantil. Além de Nelson, comfirmaram presença o documentarista Silvio Tendler, Daniel Lisboa, cineasta baiano; Claudino de Jesus, presidente do conselho nacional de cineclubes; Solange Lima, presidente da ABD Nacional, Hermano Figueiredo, cineclubista, Eryk Rocha, cineasta e filho de Glauber Rocha e vários outros nomes que postarei nas semanas seguintes... Marco no cinema naiconal, Nelson completará 80 anos em 2009 Nelson Pereira dos Santos foi o único diretor de cinema brasileiro acolhido na Academia Brasileira de Letras. Aliás, a adaptação de clássicos da literatura para o cinema é um marco na sua carreira. Seu aniversário é uma oportunidade para repensar a era do Cinema Novo e o papel que atualmente representa a produção cinematográfica oriunda das escolas de cinema que se multiplicam, nas universidades. Cineclubista em São Paulo, onde nasceu em 1928 é filho de um alfaiate e de uma dona-de-casa de origem italiana, Nelson Pereira dos Santos nasceu no bairro do Brás e foi criado no Bixiga, em São Paulo. No início dos anos 50, formou-se pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, mas já estava apaixonado pelo cinema. Escolheu então o Rio de Janeiro para morar e iniciou a trajetória que o tornaria um dos mais importantes precursores do movimento do Cinema Novo.
Após uma viagem a Paris, fez o curta-metragem "Juventude", um documentário em 16 mm. No ano seguinte estreou como assistente de direção no filme "O Saci", de Rodolfo Nanni. Em 1955, aos 27 anos, lançou o longa "Rio 40 Graus", o primeiro de uma trilogia idealizada sobre a cidade que adotou. Dois anos depois concluiu "Rio, Zona Norte".
Nelson Pereira dos Santos fez mais de 20 filmes, entre os quais "Vidas Secas", "Boca de Ouro", "Mandacaru Vermelho", "El Justicero", "Fome de Amor", "Como Era Gostoso o Meu Francês", "Azyllo Muito Louco", "Amuleto de Ogum", "Jubiabá", "A Terceira Margem do Rio", "Cinema de Lágrimas" e "Tenda dos Milagres".
Em 1984, transformou uma obra-prima de Graciliano Ramos, "Memórias do Cárcere", em filme e ganhou o prêmio da crítica especializada no Festival de Cannes, França.
Nelson foi professor fundador do curso de cinema da Universidade de Brasília (o primeiro do Brasil). Lecionou ainda na Ucla (Universidade da Califórnia em Los Angeles) e na Universidade de Columbia, em Nova York. É também membro do Conselho Superior da Escola de Cinema de Havana.
Seu trabalho mais recente é o filme "Brasília 18%", cujo título é uma referência à baixa taxa de umidade do ar na cidade.
No dia 17 de julho de 2006, aos 77 anos, foi o primeiro cineasta a se tornar membro da Academia Brasileira de Letras, na cadeira de número 7, cujo patrono é Castro Alves, que pertencia anteriormente a Sérgio Correia da Costa.
Sejam bem vindos a 6ª Bienal. Viva o cinema brasileiro, viva a bahia!!! |
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Um comentário:
Belíssima escolha, estaremos em Salvador pra conferir.
Abraços!
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